O bispo da Diocese de Angra pediu aos católicos dos Açores que cumpram as orientações determinadas pelas autoridades regionais de saúde, face à pandemia de Covid-19.
“Se não há qualquer lei que impeça a deslocação das pessoas para uma celebração religiosa, não seremos nós a impedir que elas possam participar. O que pedimos é que os cristãos sejam os primeiros a dar o exemplo, isto é, que respeitem as regras que estão em vigor desde Maio passado”, referiu D. João Lavrador, em declarações ao portal diocesano Igreja Açores.
O responsável católico destaca que, na Diocese de Angra não haverá uma orientação geral, dado que a realidade é “muito diversa de ilha para ilha”.
“A situação é muito grave em São Miguel, e tal como o Governo adaptou as decisões em função da realidade de cada ilha e de cada concelho, também nós na Diocese o fizemos”, realçou.
D. João Lavrador sublinha que se deve fazer tudo para “evitar aglomerados de pessoas”.
“Naquelas situações, como as que existem em São Miguel, nomeadamente nas ouvidorias de Vila Franca e Ribeira Grande, competirá à ouvidoria ou à paróquia averiguar se há situações que ponham em causa a saúde publica, e aí tem que haver restrições e até o cancelamento de todas as celebrações”, acrescenta.
O bispo de Angra desaconselha quaisquer celebrações que “possam concorrer para o agravamento da pandemia”.
“Uma coisa é desaconselhar, outra é proibir. Se há possibilidade de se fazer a celebração e se não está posto em causa o direito de participação nela não vamos cancelar nada. O que pedimos, insisto, é que todos respeitem as regras”, precisa.
A ouvidoria da Ribeira Grande decretou a suspensão de casamentos, batizados e comunhões, mantendo apenas missas e funerais; a ouvidoria da Vila Franca determinou o cancelamento de todas as celebrações até dia 23, bem como o encerramento de igrejas paroquiais e ermidas.
Também a ouvidoria de Vila Franca do Campo determinou o cancelamento de todos os actos de culto até ao próximo dia 23 de Janeiro. Em articulação com as autoridades de saúde da Região, que decretaram uma cerca sanitária à freguesia de Ponta Graça, cuja paróquia pertence a esta ouvidoria, o ouvidor de Vila Franca determinou também o encerramento das igrejas paroquiais da ouvidoria e ermidas.